A fotografia no Movimento Xingu Vivo: visibilidade e ampliação de impacto social

Camila Aranha dos Reis

Resumo


Este trabalho pretende discutir a relação entre visibilidade e impacto social das fotografias constantes dos textos jornalísticos publicados na Internet pelo Movimento Xingu Vivo para Sempre, que é referência na luta pelos direitos humanos das populações tradicionais atingidas pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, na região do rio Xingu, no sudoeste do Estado do Pará. O recorte de imagens fotográficas analisadas documenta o processo de desapropriação do território de uma agrovila, localizada no quilômetro 50 da rodovia Transamazônica e às margens do rio Xingu, onde residiam cerca de sessenta famílias, que sofreram os impactos sócioambientais ocasionados pela instalação da usina. Essas fotografias, além de ilustrarem textos escritos, embasavam as denúncias relatadas pelos moradores da vila Santo Antônio, servindo desse modo como documento — o que confere à visibilidade fotográfica o estatuto de difundir realidades e problemáticas invisibilizadas na sociedade, além de potencializar as histórias que estão sendo apagadas ao longo do processo de construção de um projeto de grande porte na Amazônia.


Palavras-chave


Agrovila Santo Antônio (Brasil); fotografia documental; Movimento Xingu Vivo para Sempre; movimentos sociais; Usina Hidrelétrica Belo Monte

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